Livro: Os 13 porquês
Autor: Jay Asher
Gênero: Romance norte-americano
Editora:
Ática
Páginas:
256
Sinopse:
Ao voltar da escola, Clay Jensen encontra um
misterioso pacote com várias fitas cassetes. Ele ouve as gravações e se dá
conta de que foram feitas por uma colega de classe que cometeu suicídio duas
semanas antes. Nas fitas, ela explica que 13 motivos a levaram à decisão de se
matar. Clay é um deles. Agora ele precisa ouvir tudo até o fim para descobrir
como contribuiu para esse trágico acontecimento.
Sinopse padrão para Os 13 porques, presente nas páginas dedicadas ao livro, no Skoob e na Wikipedia. Saraiva.
Sinopse padrão para Os 13 porques, presente nas páginas dedicadas ao livro, no Skoob e na Wikipedia. Saraiva.
Na contra capa:
"Você não pode
interromper o futuro, nem
modificar o
passado. O único jeito de
descobrir este
segredo é apertando play."
Book Trailer:
Não consegui encontrar um book trailer oficial para este livro, porém achei um fanmade com cenas de "As Vantagens de Ser Invisível" e até que ficou bem legal, portanto é o que trago para vocês.
O que eu achei:
Bem pessoal, hoje estou aqui pra
dividir com vocês a estória do livro “Os
13 porquês”. O livro é uma co-narrativa dos protagonistas, Hannah Baker e Clay Jansen. Hannah era uma adolescente
linda, que havia se mudado de cidade devido ao trabalho dos pais. Na nova
cidade ela conhece alguns colegas de escola, e juntamente com eles, tenta se
adaptar a nova vida e ambiente. Até que as coisas começam a fugir de seu controle,
e viram uma bola de neve que acabará por matá-la.
“Quase o tempo todo, desde meu primeiro dia de colégio, eu parecia ser a única pessoa a se importar comigo.”
Quando peguei o livro
emprestado na biblioteca da minha faculdade tinha uma leve expectativa em
relação a ele. Eu consegui criar um cenário imaginário de acordo com as
informações da sinopse, presente na contracapa do livro. Mas... mal li metade
do livro e ele já havia superado, com louvores, todas as minhas expectativas. E
fui obrigado a concordar com Gordon Korman: “Jay Asher conta a sua estória
com tanta honestidade que a tragédia se torna surpreendentemente real.” A
estória e desenvolvimento do livro acabam por ser o meio como Hannah pensou ser uma forma eficaz de ‘pagar a cada
um o seu real valor’, são uma forma de dizer: “Eu sei o que você fez, ou o que
deixou de fazer. E isso teve consequências.” Visando ao menos o impacto do peso
da consciência de cada um dos culpados, Hannah gravou 7 fitas cassete, apontando
em cada um dos lados das fitas uma pessoa da escola, que teria parte da culpa
por sua morte. E o fato do nome de Clay ser citado nelas, o deixa destruído.
Ele não sabe como lidar com isso. E só lhe resta ouvir até o momento em que
chegar sua vez.
“E vocês - o resto - repararam nas cicatrizes que deixaram, para trás?”
Esse livro realmente me levou às lágrimas. E
não foram poucas. Hannah se tornou tão importante pra mim, ela fez com que eu
sentisse a necessidade de fazer alguma coisa por ela, com que eu ficasse inteiramente
desesperado pra fazer alguma coisa por ela. E... cheguei a esquecer o ponto
importante da trama... nada havia mais a se fazer por Hannah, ela já estava
morta desde o começo. Mas, assim como ela deu funções e motivos para que Clay
ouvisse suas fitas, eu me senti obrigado, eu precisava saber da verdade, seja lá ela qual fosse. E tentar tirar dali alguma lição de grande peso, da qual eu
jamais esqueceria. Então foi o que fiz, me coloquei ao lado do Clay durante
todo o decorrer do livro, e nos momentos em que ele reagia, eu também o fazia
de tal forma.
Recomendado
fortemente. No fim das contas, todos já fomos inocentes e felizes como Hannah,
algumas situações como as descritas no livro já devem ter acontecido conosco.
Somos todos eles. Temos todos em nós. E temos o poder de evitar coisas como a
morte de Hannah, se apenas pararmos pra refletir no efeito que nossas ações tem
nas pessoas ao nosso redor.
O que sabemos até agora:
Hannah
Baker cometeu suicidio; Deixou 7 fitas gravadas (com nomes, e motivos, de
pessoas que a influenciaram a tomar essa decisão, direta ou indiretamente;);
São 13 lados(A, B); Clay Jensen não sabe o porque é citado nelas, quando as
recebe;
O que mais gostei:
1. O livro
tem uma sensibilidade incrível, ao tratar de um assunto tão delicado,
direcionando a temática para os jovens. E se saiu divinamente bem nesse
papel.
2. Ele cumpre sua função social, de ensinar, além do entretenimento.
3. A
estória decorre naturalmente, sem grandes saltos, de forma progressiva, de modo que ficamos
conhecendo a fundo os protagonistas. E tem um desfecho... satisfatório, ou não,
isso vai depender do seu estado emocional ao fim da leitura.
O que não gostei:
Detalho aqui, na verdade, os motivos pelos
quais alguns talvez encarem o livro com certa estranheza. Posso dizer que a
linguagem usada no livro foi natural. Direta onde tinha que ser. Não fomos
poupados, nem acariciados com termos mais ‘politicamente corretos’. O desfecho
era a chave. Não sabia o que esperar, afinal, Hannah já estava morta. O qua
havia a ser feito? Sim. Foi? Leia pra descobrir.
Citação Preferida:
"Mas não dá para fugir de si mesmo. Não dá para tomar uma decisão de deixar de se ver para sempre. Não dá para tomara decisão de desligar aquele ruído dentro da sua cabeça."
Curiosidades sobre o livro:
·
Ao
final da estória tem um apêndice chamado “13 porquês (nas entrelinhas)”, onde o
autor responde a 13 perguntas sobre a obra, de modo a explicar o objetivo, a origem e algumas outras coisas
relacionadas. Ponto Positivo pra ele! :D;
·
As
partes internas da capa e contracapa juntas formam o mapa citado e usado (por
Hannah, e Clay, respectivamente) na estória do livro;
Livro bem diferente do que eu costumo ler. Mas me deu vontade, a resenha me criou interesse. Anotado para um futuro próximo, quem sabe ?!
ResponderExcluirwww.bookspelagi.blogspot.com.br
Eu diria que ele foge a tudo o que eu já estava acostumado. A temática dele é forte e atual. Vale a pena com certeza. Obrigado pela visita!
ExcluirAdorei a premissa. Já tinha ouvido falar do livro, mas ainda não tinha lido uma resenha tão completa como a sua. Fiquei intrigada com a história, espero poder lê-la em breve.
ResponderExcluirThati;
http://nemteconto.org
Opa Thati, que bom que gostou da resenha, fico realmente feliz. E espero que, assim como eu, você possa tirar pleno proveito da história. Os efeitos são duradouros. Abraço, até a próxima. :)
ExcluirLindo o blog, adorei, a resenha ficou demais, me deixou com vontade de ler, seguindo, beijos
ResponderExcluirblogmaisumlivronaestante.blogspot.com
Obrigado Mirian! O livro é bem sensível, e até chocante. Vale a pena.
ExcluirNão conhecia o livro e fiquei super curiosa pra ler, já vou começar a procurá-lo pra comprar. É o segundo livro com essa temática que me chama atenção, o outro foi "Perdão, Leonard Peacock" que eu gostei muito. Agora preciso ler esse!
ResponderExcluirObrigada pela dica, adorei a resenha :)
beijooo
http://subexplicado.blogspot.com.br
Cah... obrigado pela indicação! Procurei saber mais sobre o "Perdão, Leonard Peacock", e adorei a resenha que encontrei! Vou lê-lo com certeza. Espero vê-la outras vezes por aqui. Abração!!
ExcluirNão conhecia esse livro ainda. Parece ser muito interessante.
ResponderExcluirRecomendo fortemente! Mas prepare-se para a maior ressaca literária da sua vida. rsrs
ExcluirTa ai um outro livro pelo qual eu me apaixonei do começo ao fim! Hanna me fez mergulhar de uma modo tão intenso no seu mundo, que quando eu acabei a historia fiquei em uma ressaca literária sem fim. Os treze porquês, em primeiro lugar deveria ser um livro de leitura obrigatória durante a entrada dos adolescentes ao ensino médio. Porque realmente é um livro no qual mostra a realidade, um livro que te mostra como um simples ato pode mudar toda uma vida. É um livro completamente surpreendedor assim como você disse, nossa e eu concordo com você foi um livro doloroso, sentir a necessidade de ajudar a Hanna e não poder, porque simplesmente ela estava morta desde o inicio foi o que mais doeu! Adorei a resenha, ficou ótima!
ResponderExcluirÉ... Manú, casa comigo?! hsuahsuhs Sério agora, sua opinião define toda a minha visão! O livro tem um papel social incrivelmente forte. Ele vai fundo, ele coloca o dedo na ferida, ele aponta na sua cara! E quanto à ressaca imagina a minha então!! Eu fiquei andado pelas ruas da minha cidade pela madrugada e pensando na história. Em como ela se aplica a essa realidade que vivemos. Em como as pessoas precisam ser mais gentis... Ele é um daqueles livros que nunca sairam da primeira prateleira, e sempre estarão nas minhas recomendações primordiais! Obrigadão, de coração mesmo, Manú. Sua opinião é imprescindível.
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