Resenha: A Lenda dos Guardiões
A Captura


Livro: A Captura
Série: A Lenda dos Guardiões
Autor(a): Katryn Lasky
Gênero: Fantasia, Aventura
Editora: Fundamento
Páginas: 184

   Sinopse:

Soren, uma coruja jovem e inteligente, vive na pacífica Floresta de Tyto. Ele nem desconfia que uma grande e inimaginável ameaça vai transformar sua vida para sempre. Depois de cair do ninho onde mora, Soren é sequestrado e levado à sinistra Academia S. Aegolius para Corujas Órfãs. Lá, ele e outros filhotes são forçados a trabalhar e ficam expostos à Lua cheia, que os hipnotiza e transforma em seres vazios, sem lembranças de quem eram. Qualquer reação ou pergunta pode resultar em terríveis castigos ou até ser fatal!

(Sinopse padrão para A Captura, disponível nas páginas online dedicadas a ela, no Skoob, na Saraiva e no site da editora, a Fundamento.)

   Na contra capa:

"Será que eles vão descobrir a razão dos sequestros?
Ga'Hoole existe ou é só uma lenda?

Junte-se a Soren e Gylfie e

 conheça um universo repleto de fantasias surpresas e ação."

   Book Trailer:
Como não há um trailer book oficial do livro, fiquem com o trailer do filme, e se deliciem com a perspectiva!


   Entrando na história:

A proposta apresentada pela autora foi realmente interessante e, ao mesmo tempo, peculiar: retratar o mundo das corujas, dentro da literatura fantástica, porém com o maior nível de veracidade e realismo possíveis, incluindo hábitos, alimentação, aparência e demais detalhes pertinentes. E a história em si é encantadora. Desde o primeiro contato que tive com Soren, sua família e o seu Reino, fiquei fascinado! Então, vamos lá, nos embrenhar em meio a árvores gigantes, e  com aves da mais alta classe. Serei um pouco superficial na tentativa de não dar spoilers, para os que ainda não leram o livro.

A história começa com a apresentação da família de Soren, uma jovem coruja-de-igreja, por ocasião do nascimento de Eglantine, irmã mais nova de Soren. Seus pais são corujas respeitáveis, e tem mais um filho chamado Kludd, este por sua vez, é arrogante, prepotente e tende a ser bem desagradável. Juntos eles moram num buraco, no alto de uma árvore, tendo como criada de ninho, uma cobra-cega chamada carinhosamente de Senhora Plithiver, ela é encarregada da limpeza do ninho, e tem um carinho gigante pela família de Soren, e principalmente por ele e a nova cria, Eglantine.


Da esquerda para a direita: Kludd, Soren,(pai), (mãe), Eglantine e Senhora Plithiver

A narrativa prossegue nos descrevendo um pouco da vida e costumes das corujas como, por exemplo, as cerimônias: dos Primeiros Pêlos, Primeiros Ossos, Primeira Pele, Primeira Carne, e etc. Que são momentos tidos como importantes para o desenvolvimento e crescimento das corujas. Inclusive o início do aprendizado de voo, que Soren e Eglantine ainda não começaram, mas Kludd sim.

Através dos pais de Soren ficamos sabendo sobre um problema que tem afetado o reino das corujas recentemente: o desaparecimento de ovos e filhotes, em larga escala. Isso é assustador, e ninguém sabe exatamente o que está acontecendo. Então, em uma noite em que seus pais saíram para caçar, Soren acorda confuso, e vai até a beira do ninho... inesperadamente, ele mal tem tempo de perceber sua queda! Como isso foi acontecer? Terão que conferir! O que posso dizer é que a partir desse ponto Soren teme por sua vida, uma evz que lembra-se das histórias de seus pais sobre jovens corujas que caem de seus ninhos, ao tentarem voar, e são pegas por animais terrestres, como guaxinins. (Isso me faz lembrar de um suposto palavrão, muito dito no livro: coxinim, que signifca "cocô de guaxinim", e é usado quando se está muito bravo!).

Mal sabia Soren que o perigo não estaria na terra, e sim no ar! Ele foi capturado (Cada um dos 15 livros da saga (além dos dois adicionais, complementares) tem uma função na história; daí o nome do primeiro livro: a primeira parte da jornada de Soren fala de sua 'Captura') e levado para um lugar chamado Academia St. Aegolius para Corujas Órfãs, um lugar pavoroso: onde perguntas são tratadas como um crime punível com a tortura. Soren percebe que a Academia é a causa do sumiço das corujinhas, e tenta sobreviver lá o melhor que pode. A rotina é odiosa, e as horas em que tem que  marchar sob a luz da lua é perigosa, uma vez que ele sabe que naquilo reside um mal escondido e perverso. E precisa se apressar em descobrir o quê. Porém, nem tudo é tão ruim. Em meio à perda e sofrimento, Soren conhece Giyfie, uma coruja de outra espécie, e juntos eles fazem planos e se mantém alertas às oportunidades. Guiando-se para a frente e  mantendo a esperança viva, sempre com algo em mente: "nós vamos voar, e voar para longe daqui". Eles tem bem vivas em si as palavras da lenda de Ga'Hoole, uma árvore gigantesca, que seria algo como a sede de uma Ordem de corujas guerreiras, que lutam contra todo o tipo de maldade no reino das corujas. E Soren sente em sua moela (que é para as corujas o mesmo que o coração significa para nós, humanos: de onde provém seus sentimentos) que ele, Gylfie, e seus novos amigos  precisam descobrir o lugar e chegarem lá, para se juntarem à Ordem, e combaterem o mal em St. Aegolius.

Entre dor, perdas e aprendizado, Soren e seus novos amigos vão ter que se provar para si mesmos que são capazes de nunca perder a esperança e de acreditar em dias melhores, e que o Grande Glaux os ajude!

   O que mais gostei:

O toque magistral de emoção e sentimento. Aquela sensação deliciosa de que aidna existe o bem no mundo, e é isso o que o livro transmite, em meio a tudo o que acontece de mais aterrador. Apesar dos conflitos familiares, da sensação de abandono e da falta de esperança, Soren consegue, com a ajuda de seus amigos, ter força para lutar, para não desistir! As personagens criadas pela autora tem personalidades distintas, e irresistíveis, cada uma a seu modo lhe 'toca' de alguma forma, profunda.

Já sobre o livro em si, como estrutura, eu gostei dele. Com uma capa firme, e atraente, bem resistente. Letras em um tamanho maior, que facilita a leitura, e com folhas de papel de papel mais "grossas" também, num tom mais amarelo (talvez um bege, ou algo assim), que ajuda a não forçar nem cansar a visão. Tem algumas poucas ilustrações, em tons de cinza, mas muito bem feitas e bonitas. 

   O que não gostei:

Não há nada a ser criticado, ao meu ver, sobre a história do livro. Tudo é claro, o livro está fisicamente bem feito, resistente e bem escrito. Tanto autor como editora fizeram um ótimo trabalho nele. E a história é envolvente, tem seus momentos de drama, que vão lhes tirar algumas lágrimas (eu sei, oh como eu sei!), e momentos da mais profunda gratidão e felicidade. Aproveitem a obra!

   Sobre a adaptação:

Os direitos de filmagem e adaptação foram comprados pela Warner Bros, e o filme lançado em 2010. Possui 1h30min de duração e feito totalmente através de computação gráfica; teve um orçamento de US$ 80 milhões, atingindo uma receita de US$ 140,073,390. Mas, esses são puramente dados técnicos, eu mesmo ainda não assisti ao filme, embora pretenda fazê-lo em breve. Pelo que vi do trailer, ele abrange mais da história (alcançando, provavelmente, até o terceiro livro, talvez mais [até o momento, li os dois primeiros, de um total de 15 livros {SIM, você não leu errado. A saga tem 15 livros!!!}]). De qualquer modo, espero que gostem das pôsteres individuais dos personagens, lançados para divulgação na época de estréia do filme.

 


   Citação Preferida:

*****

Bem galerinha, é isso! Essa foi a resenha do primeiro volume da saga de A Lenda dos Guardiões, espero que gostem do livro, de verdade. Porque apesar do tom infantil da história, tem ensinamentos profundo, e é uma aventura sem ingual. São 15 livros no total, até o momento já li até o segundo. A resenha dele estará disponível em breve! Até a próxima, e continuem conosco!



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