Resenha: Os Instrumentos Mortais
Cidade das Almas Perdidas


Livro: Cidade das Almas Perdidas
Série: Os Instrumentos Mortais
Autor(a): Cassandra Clare
Gênero: Fantasia, Aventura
Editora: Galera Record
Páginas: 434

   Sinopse:

Quando Jace e Clary voltam a se encontrar, Clary fica horrorizada ao descobrir que a magia do demônio Lilith ligou Jace ao perverso Sebastian, e que Jace tornou-se um servo do mal. A Clave decide destruir Sebastian, mas não há nenhuma maneira de matar um sem destruir o outro. Mas Clary e seus amigos irão tentar mesmo assim. Ela está disposta a fazer qualquer coisa para salvar Jace, mas ela pode ainda confiar nele? Ou ele está realmente perdido?

(Sinopse padrão para Cidade das Almas Perdidas, disponível nas páginas online dedicadas ao livro, no Skoob, na Saraiva e na Wikipedia.)

   Trailer Book:


   Entrando na história:

Galera, que bagunça foi essa! Até Cidade dos Anjos Caídos penamos com a provável possibilidade da volta de Sebastian. Todo o sentido simbólico, se é que posso assim dizer, do título do livro, me lembrou de outro livro, da série Vaga-Lume, intitulado Tráfico de Anjos, do brasileiro Luiz Puntel. Um jogo de palavras e expressões de mesmo sentido: aliás perturbador, mais um tom sombrio abordado na obra da Cass.


Vamos ser objetivos na nossa análise: já sabemos do envolvimento de Lilith, e do seu interesse pessoal em trazer Sebastian de volta à vida. Seus métodos foram obscuros por um tempo, e depois estarrecedores. Tudo culminou na 'possessão' de Jace, na armadilha para atrair Simon e Clary para onde Jace estivesse, e naquele final terrivelmente inesperado: Jace SUMIU. Nos vemos no próximo livro. :O :O :O

   O que mais gostei:

A primeira coisa que me faz pensar, ao começar um novo livro, é o título: O que ele me diz? E quando é um sequência, mais ainda: O que ele me conta dentro do contexto que já conheço? E com Cidade das Almas Perdidas não foi diferente. O título é sugestivo. Almas Perdidas! Alguém precisa de salvação? Há salvação? Para quem? Mais de uma pessoa está envolvida? Se trata de 'almas' realmente? Vão pensando! 

O livro já começa tenso, galera. Simon é totalmente rejeitado ao tentar entrar em casa e conversar com sua mãe. Ela acredita que ele seja um monstro que, na verdade, tomou o lugar do filho dela depois de matá-lo. Com receio de que ela tente agredi-lo e consequentemente seja punida divinamente (lembrem-se da Marca de Caim), ele vai embora. Mas não chega a ir muito longe, não. Clary lhe telefona e o coloca a par do que será a trama principal do livro: Jace sumiu (e não, não é redundância, é ênfase mesmo! :P). 

Em seguida, entra em cena o julgamento (obviamente, algum tempo após os primeiros acontecimentos descritos no livro), exaustivo por sinal. A Clave interroga a todos os envolvidos, principalmente Clary. Após uma longa demora, ela é inocentada de qualquer acusação/suposição. Porém, as buscas por Jace (que já duram mais de 2 semanas) deixam de ser prioridade, e serão interrompidas. Há um incidente mais grave, em andamento: uma barreira importante da Ilha de Wrangel, sob supervisão do Instituto de Moscou, foi derrubada, e demônios estão adentrando no plano terrestre. Logo, ela precisa ser restaurada urgentemente.

Então, fica mais do que claro, óbvio e evidente que nem Clary (e Simon, por associação), nem Alec (e Magnus, por associação) ou Isabelle poderiam aceitar isso tranquilamente. Dá-se inicio a uma busca alucinada por Jace, que vai levar a todos ao limiar de suas emoções e sentimentos. Reencontros acontecem, mas bem diferentes do esperado. Por desespero ou último recurso, antigos anjos e demônios voltam à cena. Em um jogo de All-or-Nothing barganhas são feitas. E notem, aqueles personagens que não levamos à sério (pelo menos eu não levei), meros peões, mostram-se surpreendentemente sagazes, e dão uma guinada no jogo. Sebastian por fim mostrará seus verdadeiros objetivos

Aliás, esse parece ser o foco do livro: sentimentos e emoções. As personagens são confrontados o tempo todo com o que eles sentem, porque e por quem sentem. Ao passo que novas informações nos são fornecidas sobre as personagens, fatos (antigos e novos) são narrados, e somos confrontados com verdades um tanto quanto desoladoras, as tramas se desenrolam, e prendem muitos em suas teias. Amor e ódio se digladiam, ciúmes e traição andam lado a lado. Vemos alguns sob novos pontos de vista, e isso é interessante. 

Se eu tivesse que resumir esse quinto livro da Cass (e é o que estou tendo que fazer... :P) eu diria que é uma batalha psicológica: é o que personagens sentem que está em discussão. São as emoções que estão agindo. Não há muito lugar para a racionalidade nele.

Num contexto onde anjos esperam e demônios agem, o destino se desenrola, e o que podemos esperar? Não perca! Não deixe de ler! O fim está se aproximando! E isso é totalmente previsto e assimilado após mais uma batalha, emocionante, uma vez que não poderia ser diferente. E temos TODOS os protagonistas envolvidos nela. Tem emoção, ação e drama pra cara***!!!

#Leiam #EuLi #InstrumentosMortais #CassandraClare 

   Curiosidades e Detalhes:

* A história do livro nos leva em uma viagem pelo mundo, visitando diversos lugares da Europa;

* Surgem novos símbolos!

* Uma nova sociedade/cidadela secreta são apresentadas mais a fundo: a Cidadela de Adamante, das Irmãs de Ferro. Elas são o equivalente feminino da Cidade do Silêncio/Irmãos do Silêncio, e modelam os adamas para fabricar as armas usadas pelos Caçadores de Sombras. Seu lema é "Fire tests gold", "o fogo testa o ouro".

* Muitas informações sobre eventos, fatos e pessoas anteriores, na história, nos são fornecidos!

* Para amantes do ship, como eu, temos muito nesse livro, uma vez que o relacionamento Magnus&Alec tem muito espaço na trama! :D :D :D.

   O que não gostei:

Não posso dizer exatamente que é algo que eu não gostei. É mais como algo que me intriga, e continua sem uma explicação realmente definitiva. O interesse do Irmão Zachariah em Jace, ou nos Herondale como um todo. Creio que isso deve ser explicado no próximo, e último, livro da série, Cidade do Fogo Celestial.

Já de negativo mesmo, eu poderia comentar sobre o comportamento obsessivo de Clary por Jace. Parafraseando a obra, não importa o que ela ficaria devendo, nem a quem, se ao céu ou ao inferno, ela faria qualquer coisa por Jace. Mas bem, o amor nos torna isso, não é mesmo? Nos torna mentirosos, nos torna imprevisíveis, inconstantes. Passamos a ser dependentes. E se você nunca se sentiu assim, parabéns. Você ainda não caiu nas garras do amor, caro leitor. Não sabe o tamanho da sorte que tem.

   Citação Preferida:

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